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segunda-feira, 9 de maio de 2011

DESOBEDECERPARAPASSEAR

Passeio em Tel Aviv

Mulheres israelenses 'contrabandeiam' palestinas em ato de desobediência civil

Plantão | Publicada em 13/08/2010 às 07h29m

BBC
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Mulheres palestinas  e israelenses em Tel Aviv - BBC

Em um ato premeditado de desobediência civil, mulheres israelenses violaram a chamada Lei de Entrada em Israel, que proíbe a entrada de palestinos, e "contrabandearam" mulheres palestinas para passear em Tel Aviv, expondo-se ao risco de uma pena de dois anos de prisão.

"Quando uma lei é desumana e racista, desobedecer torna-se uma obrigação moral", disse à BBC Brasil Daphne Banai, uma das israelenses que participaram do ato de protesto.

"Enquanto os israelenses, inclusive os colonos, podem circular livremente em toda a região, os palestinos ficam presos em enclaves cercados por muros e pontos de checagem", afirmou.

Segundo as autoridades israelenses, as restrições à entrada de palestinos em Israel têm o objetivo de evitar atentados.

A proibição tornou-se praticamente hermética durante a segunda Intifada (levante palestino) que começou no ano 2000, depois de uma série de atentados suicidas realizados em grandes cidades israelenses.

'Libertação'

Daphne, de 61 anos, contou que o passeio com as mulheres palestinas foi um dos dias "mais emocionantes e felizes" de sua vida.

" Senti uma sensação de libertação naquele dia "

"Senti uma sensação de libertação naquele dia", disse Daphne. "A ocupação e o enclausuramento da população palestina em enclaves na Cisjordânia me fazem sentir em uma prisão", disse.

"Desafiar a lei e trazer as mulheres palestinas para passear em Tel Aviv e ver o mar me fez sentir uma sensação de liberdade por um dia", disse.

"Acho que a ocupação coloca não só os palestinos, mas tambem nós, os israelenses, em uma prisão."

Artigo

O desafio à proibição generalizada à entrada de palestinos em Israel começou com um ato isolado da escritora Ilana Hamermann.

Em maio deste ano, a escritora, de 66 anos, publicou um artigo no jornal Haaretz, relatando que havia "contrabandeado" três mulheres palestinas, em seu carro, para dentro de Israel, e as levado para ver o mar em Tel Aviv.

"Eu já faço isso há muitos anos, 'contrabandeio' amigos palestinos pois não reconheço a legitimidade da ocupação, dos muros, das cercas e dos pontos de checagem que Israel instalou na Cisjordânia", disse Ilana à BBC Brasil.

"Essas limitações à liberdade dos palestinos não contribuem para a segurança dos israelenses, muito pelo contrário, acho que é essa política de ocupação que nos coloca em risco", afirmou.

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Mulheres palestinas e israelenses em Tel Aviv - BBC

O gesto simbólico de Ilana comoveu mais onze mulheres israelenses, que seguiram seu exemplo e há alguns dias publicaram um anúncio assinado na imprensa local, declarando que haviam violado a lei, de maneira premeditada, e levado 12 mulheres e 5 crianças palestinas, para passear em Tel Aviv.

A operação foi cuidadosamente planejada e houve dois encontros preliminares com as mulheres palestinas, antes do passeio.

De acordo com Daphne, as mulheres palestinas, habitantes de duas aldeias próximas a Jerusalém, na Cisjordânia, sabiam que estavam assumindo o risco de serem presas pelas tropas israelenses.

Para conseguir passar pelos vários pontos de checagem no caminho, elas se disfarçaram de israelenses e não vestiram as roupas tradicionais palestinas, retirando inclusive o véu com o qual geralmente cobrem os cabelos.

" Para todas as mulheres envolvidas, tanto as israelenses como as palestinas, nosso passeio foi, antes de tudo, um ato politico "

"Para todas as mulheres envolvidas, tanto as israelenses como as palestinas, nosso passeio foi, antes de tudo, um ato politico", disse Daphne.

"Mas acabou sendo também um ato de prazer. Comemos juntas em um restaurante em Jaffa, fomos à praia de Tel Aviv, passeamos pela cidade e ao entardecer as levamos de volta para suas aldeias, passando por Jerusalém", conta.

Daphne relatou que, para as palestinas, o momento mais forte do passeio foi quando viram o mar pela primeira vez.

"A vida toda elas sofrem restrições à sua liberdade de movimentação, e ver aquela imensidão livre e sem fronteiras que é o mar gerou uma emoção e uma sensação de libertação, que só uma pessoa enclausurada pode sentir", afirmou.

Debate

Publicando esse ato de desobediência civil, as mulheres esperam gerar um debate na sociedade israelense sobre os limites da obediência e sobre o significado de leis que vigoram no país.

O grupo de direita Fórum Juridico em Prol da Terra de Israel entrou com uma queixa contra Ilana Hamermann junto à Procuradoria Geral da Justiça que, por sua vez, encaminhou o processo à policia.

A pena pela violação da Lei de Entrada em Israel pode chegar a dois anos de prisão.

As participantes israelenses estão dispostas a pagar o preço da violação da lei.

"Para isso estou disposta a ficar dois anos na prisão", afirmou Daphne.

Ilana e Daphne relataram que, desde a publicação do anúncio, receberam dezenas de telefonemas de outras mulheres israelenses, que querem participar do próximo "passeio".

"Depois da visita a Tel Aviv, as palestinas que participaram me disseram que milhares de palestinas estariam dispostas a fazer parte do próximo projeto, pois não aguentam mais a situação atual e querem aderir a atos de desobediência civil junto com mulheres israelenses", disse Ilana.

Para mais notícias, visite o site da BBC Brasil

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Comentários

  1. Albemaco
    14/08/2010 - 08h 39m

    iolaruss
    14/08/2010 - 00h 32m

    Ah era isso mesmo...

    Quanto aos hebreus, nem existiam nessa época. Moises é um personagem mitológico, tão real quanto Hércules.

    Os judeus começaram a tomar forma, criar uma unidade há uns 2.700 anos "apenas".

    O resto é mitologia.
    .......

    Após a derrubada do culto a Aton (sol), seus seguidores foram perseguidos e expulsos do Egito.

    Provavelmente, talvez seja essa o inicio da historia dos judeus...
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  3. iolaruss
    14/08/2010 - 00h 32m

    Ah era isso mesmo...

    Quanto aos hebreus, nem existiam nessa época. Moises é um personagem mitológico, tão real quanto Hércules.

    Os judeus começaram a tomar forma, criar uma unidade há uns 2.700 anos "apenas".

    O resto é mitologia.
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  5. Meduna
    13/08/2010 - 22h 52m

    Iolaruus, você está correto. Houve sim, um Faraó que tentou impor o culto de um Deus único, cuja manifestação era o sol. Suas idéias desagradaram a alta hierarquia religiosa que conseguiu, a muito custo, derrubar o seu trono. Só não sei se os hebreus andavam por lá na época. Ainda não conheço muito sobre o assunto.
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  7. ápia
    13/08/2010 - 21h 36m

    Olá EB, Albemaco e Paulo Borges

    Ñ precisamos escrever + nada durante mil anos pq a atitude dessas israelenses fala por si só. Com a palavra os rabinos radicais de plantão.

    Sds,

    Ápia
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  9. Brazzil
    13/08/2010 - 21h 11m

    Essas mulheres fizeram mais por Israel, do que esses sucessivos governos nos últimos anos.
    Ninguém aceita acupação pacificamente. E quem ocupa país alheio estará sempre sem razão, por mais sofismas que utilizem para justificar isso.
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  11. fauzi salmem - e-mail
    13/08/2010 - 20h 34m

    Viajei... Ou foi caridade ou as israelenses são mesmo porretas; Tem de aparecer um advogado disidente, para defendê-las na ação judicial que os sionistas radicais promoveram (o grupo da Terra de Israel). Acho uma ótima oportunidade para o, inegávelmente, inteligente povo judeu compreender a importância da paz naquela região. Cumprir a Res. 242/67 da ONU poderia ser o debate nacional, e não somente o direito de trânsito das paleslinas.
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  13. SoHa3
    13/08/2010 - 19h 44m

    Al_Saladino_09
    13/08/2010 - 18h 07m

    Mateu dantas carvalho
    13/08/2010 - 15h 36m

    "... os palestinos desejam a retirada de todos os israelenses ..."

    Até Arafat aceitava a convivência entre israelenses e Palestinos em dois países distinctos ... Ele até ganhou um prêmio NObel por isso .. Pena que morreu antes de ver seu sonho realizado....
    --
    Simples... elimine o Hamas...
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  15. Albemaco
    13/08/2010 - 19h 43m

    iolaruss
    13/08/2010 - 18h 44m

    Meduna,

    Conceito de deus unico não tinha sido antes proposto? Não vou checar google agora, mas acho que os egipcios haviam tido uma religião monoteista (Amon seria o deus máximo, mas posso estar errado) e depois voltaram ao politeismo.
    ...

    O conceito do deus unico não é dos judeus, mas sim dos egipcios. por poucon tempo eles tiveram o culto a Aton.

    Moises foi sacerdote desse culto, quando foram expulsos do Egito levaram os escravos hebreus
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  17. SoHa3
    13/08/2010 - 19h 42m

    iolaruss
    13/08/2010 - 14h 58m

    voce e o Albemaco são "primos"...?

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  19. SoHa3
    13/08/2010 - 19h 40m

    EB190
    13/08/2010 - 19h 04m

    SoHa3
    13/08/2010 - 14h 54m
    celebramos a vida todos os dias...

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    CONTINUAMOS CELEBRANDO!!!
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